quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Quarta-Feira Cinzenta.

Hoje eu não tô bem.
Tô triste, angustiada, com um vazio enorme, carente, de saco cheio de morar nesse faroeste e com ódio da minha mãe.
É eu não falaria isso pra ninguém, mas isso é um blog, eu posso me desnudar aqui que vcs não vão saber quem sou mesmo... então tanto faz.
Preciso ir embora. Tive uma proposta pra ir pra capital mas ainda não sei se vou conseguir deixar minha filha aqui. E é impossível levar ela agora. Não tenho estrutura e ela é mto bebê.

Agora que você já está pensando que eu sou uma louca e chata, deixa eu me explicar, afinal de contas chata eu não sou. Eu chamei isso aqui de faroeste porque morei mais de 10 anos na capital e hoje tenho que achar normal homem que bate em mulher e a tola aceita ele de volta. EU NUNCA ACHAREI ISSO NORMAL. Nunca vou me calar, nunca vou achar que a mulher tem que aguentar um babaca dentro de casa porque "ruim com ele, muito pior sem" (eu ouço essa frase todo dia de bocas diversas aqui). Nunca vou achar que mulher precisa de homem pra viver. Nunca vou admitir que porque o cara é advogado e amigo do delegado ele não vai preso. Nunca vou achar que uma mulher que escolheu transar na primeira noite é simplesmente uma puta e pronto. Nunca vou julgar pela roupa. E eu juro que tentei me adaptar a esse meio, mas essa não sou eu.

Bem, nesse parágrafo anterior eu misturei vários casos: mulher que apanhou no carnaval na frente de todo mundo e o cara não foi preso porque é amigo do delegado e a agredida ja perdoou o agressor (!!) ; senhoras que falam mal de senhoras pelas roupas que elas vestem; parentes minhas que se casam pra dizerem que tem marido; mulheres que mentem sobre a vida sexual por medo de serem julgadas; mulheres que aturam um fdp dentro de casa porque acham que a coisa fica pior sem ele.

Minha mãe tá aí no meio. E é por essa e por outras que eu sinto ódio dela. Ódio da complacência dela com meu padrasto, da falsidade dela na frente dos outros me tratando bem e em casa é uma bruxa comigo, da diferença de tratamento em relação aos meus irmãos que são os bibelozinhos dela, da falta de ânimo dela pra mudar, crescer, evoluir e ser feliz... porque ela se diz infeliz o tempo todo. E principalmente, pelos dramas que ela faz. Se joga no chão, fala que tá morrendo, fala que a pressão tá alta. E depois eu que sou a louca.

Bom, eu juro que tentei. Mas não posso mais ir contra minha essência. Vou embora daqui, juntar dinheiro, volto e busco minha filha, que pelo menos cuidar dela é coisa que minha mãe faz com carinho.




segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Bup Bup estou te amando!

OOOiii!

Eu também achei que não voltava, mas como estou agora dentro do escritório em pleno carnaval achei que era bem conveniente contar minhas desventuras aqui. Sem preguiça!

Nada de desisitir! Isso é um desafio muito grande. Manter um blog é desafio? Sim queridos, pra mim é. Tem coisa que eu faço tranquilamente e problemas que eu encaro na maior naturalidadade, mas compromisso, comparecimento, rotina, never.

Ontem eu dei graças a Deus por não ter que pôr comida pros meus cachorros todos os dias. (Eu trabalho fora, então tem gente que faz isso lá em casa.) Olha como eu sou estranha: eu prefiro trabalhar nas causas mais complicadas do que pôr comida pros meus cães. Imagina... todo dia pôr comida pra eles? Sem visualizar nenhum tipo de mudança, de evolução. Caramba, é pecado isso neh? Sei não, mas enfim.. aqui eu exponho todas as minhas esquisitices então fica mais essa pra vcs se identificarem ou não.

Meu affair tá me dando momentos de alegria. Acontece que tivemos um rolo há um tempo. Rompemos. E ainda gostamos um do outro. Mas... agora estamos a mais de 500km de distância, portanto vcs já deduzem as dificuldades neh? Nunca deixamos de nos falar, mas ultimamente ele ressurgiu mais intensamente. Às vezes chego do almoço e tem uma mensagem linda no meu computador. Às vezes me manda beijo de boa noite, às vezes eu conto meu dia. Sabe o que eu acho disso? Tem sido uma vitória. Se fosse há um tempo atrás eu já teria cobrado dele a data do nosso encontro. Já teria cobrado o motivo dele não ter vindo me ver no carnaval. Já teria ficado imaginando várias coisas negativas e já teria enviado 800 sms românticos... "N" coisas eu já teria feito pra boicotar a relação. Será que a Bupropiona tá me ajudando? Os desabafos aqui no blog? As leituras e pesquisas que eu tenho feito sobre TDAH?

Talvez eu nem queira respostas pra esses questionamentos. Eu quero é ver a vida acontecer. Me tornar mais sociável, menos crítica, voltar a ser carinhosa mas sem a frenesia de antes.

Ele sentiu minha falta. Eu o sufocava. Confesso que penso nele 24 hs por dia. Mas penso em outras milhões de coisas ao mesmo tempo. Então o negócio é reorganizar prioridades. E o resto são cenas das próximas dosagens.

Bye :*

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

$$$

Hoje foi um dia cheio de emoções. Boas e ruins.
Eu tava louca pra vir aqui escrever sobre o que rolou com o meu affair, o quanto foi boa nossa conversa... e ainda vou fazer isso, mas o dia foi tão tenso, tão corrido que não consegui e agora to parecendo um espantalho, apática, como se um caminhão tivesse passado por cima... pelo que aconteceu hoje aqui na empresa.

Ontem na hora de ir embora eu recebi um dinheiro e passei pra menina do caixa, mas ela não conferiu, guardou e foi pra casa. Deixou pra olhar hoje, e quando olhou estavam faltando R$ 600,00. O.o (!!!)
 O erro foi dela de não ter conferido, mas ela é um doce de pessoa, e hora nenhuma se esquivou do erro. Até chegar o momento da nossa chefe dar a sentença de que ela vai ter que pagar isso do próprio bolso foi uma lenga lenga danada. "Veja se você não colocou em outro lugar" "Você deve ter perdido no meio do caminho" cara, e eu lembro das cores e quantidades das notas que eu pus no saquinho.
Daí ela lembrou que deixou o malote aberto por uns minutos hoje antes de conferir.

Enfim, ela ficou com a culpa. Mas meu coração tá em frangalhos.

Depois eu volto pra contar as coisas boas do dia.

Beijos!!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Família de margarina?

Família é um tema pesado. Família é base, todos nós sabemos da verdade daqueles clichês, e talvez isso seja uma sobrecarga pra quem não se identifica dentro da própria casa.
Já imaginei que havia sido adotada, mas as fotos do meu nascimento detonam a explicação pra tanta estranheza.

"Onde eu estou? Que coisa idiota é essa que ela está dizendo? Porque que eles se importam tanto com essa palhaçada?" Preciso dizer que passa isso pela minha cabeça o dia inteiro?
Ultimamente eu tenho estado de parabéns pra sociedade. Hahahaha ... Tenho me polido bastante, dou sorrisinhos quando queria fazer aquela cara de "hãn?", penso uma vez e meia (duas não, ainda chego lá) antes de abrir minha boquinha... ahhhh minha boquinha. A maior culpada de todos os problemas que eu já causei (dizem neh?). Mas, caramba, eu me acho tão legal... impressionante como hoje por exemplo, na hora do almoço a casa tava animada porque eu tava lá.

O povo é morno, sem sal, é tudo mais ou menos e eu sempre falo muito. Mesmo quando tô deprimida. Raras as vezes em que eu me emudeci por tristeza. Falar me ajuda! Falar é bom!! Onde consta que devo me calar? Quando? Essas são questões pras quais não vejo resposta há 28 anos.

Deve ser por isso que ninguém gosta de mim mais ou menos. Ama ou odeia. Mas EU preciso me moldar, EU preciso sobreviver nessa selva de sorrisos amarelos e beijinhos de mentira. Sou EU que tenho que me adaptar. Não é?

Ligeiramente feliz.

Bom dia!

Hoje tá um dia melhor. Ou eu estou menos exigente, vai saber. Me sinto melhor. Mas eu não sei se isso é pelo fato de eu ter mandado uma sms pra uma pessoa muito importante e ter recebido resposta. Não gosto de pensar que é por isso que eu to me sentindo bem. Porque se for por isso tô me enganando de novo. Colocando a felicidade nas mãos de um cara.
Ou não.
Sonhar ainda é de graça.

Ele é meu sonho. Não é belo, não é alto, não é forte. Mas nunca um homem me atraiu dessa forma. Sinto falta de falar com ele. As ideias dele me seduziram. O olhar dele me deixava... Bom, isso não é blog de contos eróticos então vamos pular essa parte.

Quando que eu vou saber o que fazer? Eu sempre meto os pés pelas mãos. Agora ali está ele, online, como combinamos, esperando pra falar comigo, mas sem iniciar a conversa. Devo aguardar? Eu sempre peco pelo excesso e ultimamente eu penso tanto no que fazer que tenho pecado pela falta. Nem tenho amores mais. Isso vcs já sabem.

Aiai... here we go again. E seja o que Deus quiser. Mas dessa vez serei mais cautelosa.
E depois volto pros meus papéis aqui no escritório.

Acho que o remédio tá começando a fazer efeito. Tô bem mais concentrada hoje. Terceiro dia de uso da Bupropiona. Nunca mais fumei.

A gente se vê... eu volto com as novidades. Sinto-me adolescente com esse blog, mas e daí? Isso é uma delícia.

Fui. :* 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Distraindo a verdade e enganando o coração.

Coisa boa é música. Na minha cabeça viajante pairou "Antes que seja tarde" do Pato Fu. Mergulhei nessa letra, e como invariavelmente ocorre com tudo que eu faço... intensidade máxima. Ouvi umas 6 vezes seguidas. Porque que eu não sou menos? Sabe, mais blasè, mais tom pastel, mais mulher de Manoel Carlos? Menos Almodóvariana... seja como for... vou ouvir de novo pra encerrar o dia de hoje. Boa noite. =*


http://letras.mus.br/pato-fu/47982/

Nada além de uma borboleta num aquário.

Isso é só um desabafo. Não aguentei mais perder meu tempo com a única terapeuta péssima que tem aqui na cidade onde eu moro. E então, além de consultas com meu psiquiatra, e tomar a medicação... vim criar esse espaço pra mim mesma.

Claro, pra quem tem TDAH também, pra quem se identificar, e pra quem se sente um peixe fora dágua em certos momentos da vida, ou borboleta perdida em aquário. Hoje eu estou mais  vazia do que o de costume. Comecei a tomar Ritalina há dois meses mas tive muita dor de garganta. Agora estou começando com o Bupropiona. Não sei se vai dar certo porque to sentindo dor de cabeça e sono.

Sono maldito que me persegue. Hoje especialmente eu to um caco. Avoada... de repente me pego pensando no passado. Nas pessoas que me magoaram. Não rendi quase nada no meu trabalho. A sorte é que foi um dia sem muitas requisições.

Sei que de perto ninguém é normal, mas caramba... eu tenho sido cada vez menos normal quando aproximo de alguém. Amiga eu tenho uma só que me é fiel desde a adolescência. O resto... bem... o resto sao colegas. Colegas casadas que por eu ser mãe solteira não me chamam pra sair, e colegas solteiras que por eu ser mãe, já não mantém contato. Prefiro acreditar que é por isso. Eu às vezes me convido, invado, mas tem vezes que eu mesma me isolo. Eu sei disso. Sei da minha culpa. Mas tenho minhas dores. E o isolamento é um escudo. Pena que do isolamento advém a angústia, a solidão, a vontade de ter alguém.

Ah... a vontade de ter alguém. Amar e ser amada. Sonhar e realizar, nem que seja aquela viagenzinha pro sítio no final de semana. Hum, que saudade disso. Porque tá tão dificil encontrar homens que façam questão? Bom.. aí já é papo pra outro dia. Tema que rende assunto demais... E só de fazer esse relato aqui eu me senti melhor por hoje. Talvez eu volte mais tarde. E mesmo que ninguém leia isso, eu sei sobreviver no isolamento real. O virtual vai ser só uma nova modalidade. Beijos!